Este blog é um espaço para repensarmos nossa forma de ensinar e aprender no século XXI. Buscamos criar o novo a partir das interações entre os sujeitos conectados e interligados no mesmo desejo de evoluir.
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segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Espaço de Expressão com Materiais Não Estruturados



Cada um se experimentando na interação com os colegas e com os objetos múltiplos.

Todos em situação de aprendizagem espontânea extraindo com alegria muitas descobertas na transformação dos objetos.

"O reconhecimento da diversidade exige uma abordagem metodológica articulada na multiplicidade de situações de aprendizagens e no uso polivalente do material pedagógico não estruturado. Como também exige flexibilizar as propostas curriculares de maneira que se possam incluir e implementar valores culturais das comunidades regionais" (Raimundo Angel Dinello, Expressão e Criatividade - Novo Paradgma em Educação e Para o Ensino, p.38)

"As infinitas possibilidades de desenvolver atividades de expressão podem-se agrupar em cinco áreas específica, que podem organizar-se separadamente ou em integração de áreas segundo as expectativas pedagógicas que o docente encara." (Raimundo Angel Dinello, Expressão e Criatividade - Novo Paradgma em Educação e Para Ensino, p.42)

Expressão: Música

Herdeiros do Futuro

Composição: Toquinho / Elifas Andreatto
 
A vida é uma grande
Amiga da gente
Nos dá tudo de graça
Prá viver
Sol e céu, luz e ar
Rios e fontes, terra e mar...

Somos os herdeiros do futuro
E pr'esse futuro ser feliz
Vamos ter que cuidar
Bem desse país
Vamos ter que cuidar
Bem desse país...

Será que no futuro
Haverá flores?
Será que os peixes
Vão estar no mar?
Será que os arco-íris
Terão cores?
E os passarinhos
Vão poder voar?...
Será que a terra
Vai seguir nos dando
O fruto, a folha
O caule e a raiz?
Será que a vida
Acaba encontrando
Um jeito bom
Da gente ser feliz?...

Vamos ter que cuidar
Bem desse país
Vamos ter que cuidar
Bem desse país...

Será que no futuro
Haverá flores?
Será que os peixes
Vão estar no mar?
Será que os arco-íris
Terão cores?
E os passarinhos
Vão poder voar?...

Será que a terra
Vai seguir nos dando
O fruto, a folha
O caule e a raiz?
Será que a vida
Acaba encontrando
Um jeito bom
Da gente ser feliz?...

Vamos ter que cuidar
Bem desse país
Vamos ter que cuidar
Bem desse país...

domingo, 29 de novembro de 2009

Prof. Dr. Raimundo Dinello


O Pai Criador da Pedagogia da Expressão, metodologia ludocriativa , uma pessoa fantástica que merece todo nosso carinho

Dr. Prof. Raimundo Ángel Dinello *

(biografía académica)
*Professor de Educação Física em Isef – Montevidéu, 1959. *Licenciatura em Ciências Psicológicas com Orientação em Educação na Universidade Livre de Bruxelas, 1968. * * Doutor em Ciências Psicológicas na Universidade Livre de Bruxelas, 1972. *Professor de Sociologia da Educação na ULB. Bruxelas (1973 -1985). *Professor de Questões de Aprofundamento em Psicologia Social na ULB, Bruxelas (1975 -76). * Professor do Curso de “Análise dos sistemas de educação e das tecnologias do Ensino” na ULB. Bruxelas (1980 -1982).
Professor Visitante para o Curso de: -“Inovações Pedagógicas” Universidade de Neuchâtel, Suíça (1982). –“Metodologia do Ensino” Universidade federal de Santa Maria, Brasil. Orientação do Projeto da extensão da Educação Infantil e implantação da Formação dos Professores na Universidade (1983 – 1985). * Diretor do Programa de Formação de Recursos Humanos para transformar as Faculdades integradas em Universidade de Uberaba (1986 – 1988). *Professor e assessor pedagógico para o “Novo Currículo de Educação Infantil na Universidade de Tandil; Argentina (1989 -1992). *Assessor pedagógico para o programa de Extensão da Educação Inicial no Projeto da UNICEF e ANEP, Montevidéu (1993).
Formador em Seminários Internacionais: * Formação permanente para educadores e docentes do Cantón de Vaud, Suíça (1996 – 2009). * Formação em Metodologia Ludocriativa na Universidade da Patagônia, sede Esquel (2000 -2002). * Projeto de Formação de Professores da Municipalidade de Pico Truncado, Argentina (2003 – 2005). *Seminário Internacional de Formação ao Ensino dos Direitos Humanos e da Paz, em Genebra (2000 – 2005). * Formação de Educadoras do Projeto “Nossas Crianças” da Municipalidade de Montevidéu; (2005 -2006).
Ensino e pesquisa: Pesquisa sob Formação de educadores e professores. PAPPUM/MEC/UY Montevidéu (2006). Professor UDELAR/Isef Montevidéu e Maldonado na matéria: Sociologia da Educação (2008 -2009). *”Professor “Sociología da educaçao” e “ Pedagogia Lúdica” em UDE no Programa de Maestria e Doutorado, Montevidéu 2009. Coordenação para Projetos de Pós-graduação em Ciências da Educação em UDE (2009).
Congressos Internacionais: “As crianças nas Sociedades em Processos de transformação” Conferencia fundamental no Congresso da XVI Assembléia Mundial da OMEP (Genebra 1983). “A nova proposta de Formação de recursos Humanos” no VIº Congresso Nacional de Educação Pré-escolar (Porto Alegre 1985). -“As Ludotecas” Congresso Latino-americano no Circo do Povo (Uberaba 1986). – “Processo de Identidade Intercultural” Congresso da UNESCO (Ohrid, Yugoslávia, 1987). – “A proposta lúdica” no V Seminário Latinoamericno de Educação Infantil (Neuquén, 1988). – “A Interculturalidade” no Fórum de Formação Permanente (Neuchâtel 1989). –“A Expressão criativa” no Fórum da Criatividade e Identidade Cultural na Educação ( Olímpia 1991). –“Os Jogos e As Identidades” no Seminário Latinoamericno. (Bucaramanga 1991). “Dimensões Culturais dos Jogos” na XIII Assembléia Mundial da Internacional Play Association (Helsinki, 1996). – “A proposta metodológica” no Fórum da expressão Ludocriativa. (Lavigny 1998). –“Os jogos, os brinquedos, as Ludotecas” (Tenerife 1999). – “A Pedagogia da Expressão” no Seminário UNESCO – BIE sob a Convivência (Genebra 2003) -“Perspectivas Pedagógicas na Posmodernidade” no V Seminário Internacional de Educadores (Santa Maria 2004). –“A formação da Cidadania” no Fórum pedagógico (Montevidéu 2006. “As perspectivas Lúdicas” no V Congresso Internacional de Lúdica e Pedagogia (Santa Marta 2009).
Edição de Livros:- “The Rigth to Play” Stockholm 1980. –“Fondements Socio-pedagogiques” Bruxelas 1982. “Adolescents entre deux Cultures” Paris 1985. –“Psychopédagogie Interculturelle” Fribourg 1987. –“Expresión Lúdico Creativa” Montevidéu 1989. – “Pedagogia de la Expresión” Montevidéu 992. – “El Juego – Ludotecas” Montevidéu 1993. -*Artexpresión Creativa ” Montevidéu 1997. –“Lúdica y Recreación” Bogotá 2000. –“Ludocreatividad” Revista de Magistério, Bogotá 2006. –“Tratado de Educación” Montevidéu 2007. –“Pedagogia da expressão” Uberaba 2009.

sábado, 28 de novembro de 2009

Protagosnistas


Amigos protagonistas.....
Saudades de todos!!!!

As Ludotecas

As Ludotecas

Ludoteca que vem sendo realizadas as terças-feira no período vespertino e sextas-feira no período matutino em Uberaba/MG, no CEMEA Dona Lindu - bairro Boa Vista:


De acordo com Raimundo Dinello, as ludotecas são um espaço de expressão lúdico criativa de crianças, jovens e adultos. Têm a finalidade de favorecer o desenvolvimento da pessoa humana numa dinâmica de interatuação lúdica. Proporciona a estruturação afetivo-cognitivo da criança, socializam criativamente o jovem e mantêm o espírito de realização do adulto.

Funcionam num local amplo, ou ao ar livre nas Praças Públicas, nos Parques arborizados, ou em centros educacionais não formais, ou em ante salas de hospitais, de supermecados, de estação de ônibus, etc. Possuem uma regularidade de horário, ou seja, tem um dia certo para funcionar, desta forma a população local pode se organizar para participar da ludoteca.


As ludotecas envolvem as cinco áreas da Expressão: artes plásticas, cênicas, jogos recreativos, contos folclóricos, artes musicais, utilizando objetos múltiplos de sucata, fantasias, bolas, cordas, tintas, revistas, jornais, argila, brinquedos, madeiras, instrumentos simples de musicalização.
O Jogo - Ludotecas. Raimundo Dinello.


Receita para fazer uma ludoteca

Receita para fazer uma ludoteca

Caixas, latas e alegria
pintura, cola e poesia
crianças e adultos a valer
e muita vontade de fazer

Sacolas, lápis e pincel
muitas folhas de papel
instrumentos... uma canção
e uma criança no coração

Não é difícil, já verás,
se começares a brincar
e rápido oganizarás
Ludoteca em cada lugar

E...se ficares hesitando,
tenta...começa....por favor:
há muitas crianças esperando
de tua alegria e de teu amor.


Cecília De Simone

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Iniciação cultural: A lenda das encantadas

AS  ENCANTADAS
 



Várias tribos indígenas se espalharam pelas planícies e planaltos do Paraná. Diante da beleza de sua geografia, os índios não se contentaram em apenas admirá-las, queriam saber a origem das cachoeiras, rochedos, grutas, fauna e flora. Assim, com os recursos de sua cultura, seus valores e seu imaginário, surgiram as nossas primeiras lendas paranaenses. Entre elas, a Lenda das Encantadas:
 
Contam os Caigangues do Paraná, que há muito tempo atrás, na Praia das Conchas, ao sul da Ilha do Mel, na gruta das Encantadas, viviam lindas mulheres que bailavam e cantavam ao nascer do Sol e ao crepúsculo. Dizem que o canto delas era inebriante, dormente e perigoso para qualquer mortal. Se um pescador as escutasse, por certo perderia o rumo de sua embarcação, indo bater nas rochas e naufragar. Entretanto, certa vez, um índio corajoso e destemido aventurou-se a tentar se aproximar delas. Colocou-se à espreita no alto do rochedo.
 
Quando os primeiros raios multicoloridos de luz despontavam ao leste, o jovem começou a ouvir a suave e doce melodia proveniente do interior da gruta. E mulheres nuas, desenhadas de sombras, foram surgindo. À medida que as bailarinas alcançavam a boca da gruta, o canto tomava mais ênfase, mais intensidade:
 
 "Cagmá, iengvê, oanan eiô ohó iá, engô que tin, in fimbré ixan an ióngóngue, iamá que nô ô caicó, katô nô ó eká maingvê..." 
 
Queriam dizer... " Passe com cuidado a ponte. Viva bem com os outros; assim como eles vivem bem, você também pode viver. Lá você há de ver muita coisa que já viu aqui em minha terra, assim como o gavião. Teus parentes hão de vir te encontrar na ponte e te levarão com eles para tua morada."

 

Estranhamente o índio não adormeceu, justo o contrário, não desgrudou o olho do belo ritual. As misteriosas moças eram dotadas de tão rara beleza, nuas e com longos cabelos de algas, que o intruso acabou fascinado por uma das dançarinas, a que tinha os olhos cor de esmeralda. Tal era o seu fascínio, que despencou do rochedo, ganhou aos trambolhões a prainha, metendo-se de permeio na farândola, acabando de mãos dadas com a sua escolhida. Declarou-se apaixonado por ela, e confiou-lhe o seu desejo de permanecer a seu lado por toda a eternidade.

 

Por artes de Anhangã, a bailarina falou-lhe na língua que era a sua.
     - Tens de partir, homem estranho! Gosto de ti, mas tens de partir!
     - Nunca! Nunca! arredarei os pés de perto de ti, meu amor! Roga ao teu deus que me permita gozar de teu carinho e da tua eterna companhia.
 
     - Para que vivas comigo é necessário que morras...
 
     - Morrerei, se isto é preciso...
 
     - Vem, então, meu doce amor...
A fonte da vida nos chama... partamos...
 
     Mãos entrelaçadas, ao canto fúnebre das dançarinas, os jovens entraram águas a dentro e quando desapareceram, já o sol era vitorioso.

 

     As Encantadas sumiram nas águas profundas, para nunca mais aparecer.
     E, desde então, a gruta está solitária, e nela ecoam se quebram os ecos dolentes e eternos do mar.

Rosane Volpatto

Bibliografia consultada:
As Mais Belas Lendas Brasileiras - Wilson Pinto

Música: Coral de Uberaba na Jornada Lúdica do dia 21/11

Eu Preciso de Você

Roberto Carlos

Composição: Roberto Carlos e Erasmo Carlos
Eu preciso de você porque tudo que eu pensei
que pudesse desfrutar da vida, sem você, não sei
meu amanhecer é lindo se você comigo está
tudo é muito mais bonito num sorriso que você me dá


Eu não vivo sem você porque tudo que eu andei..
procurando pela vida, agora eu sei
que andei sabendo que em algum lugar te encontraria
pois você já era minha, e eu sabia


Como a abelha necessita de uma flor
eu preciso de você e desse amor
como a terra necessita o sol e a chuva, eu te preciso
e não vivo um só minuto sem você


Eu preciso de você porque em toda minha vida
nem por uma vez amei alguém assim
você é tudo, é muito mais do que eu sonhei pra mim
e é por isso que eu preciso de você

Sistematização com Raimundo Dinello



Segundo Dinello em seu texto LA LUDICA ,La Expresión Lúdica en la Postmodernidad
“ Reconozcamos que los objetos tienen una función de mediadores entre el sujeto y lo que éste puede proyectar sobre el medio; el sujeto puede experimentar con una diversidad de objetos que tienen aspectos de su propia materialidad y que también pueden adquirir significados simbólicos, ampliando así la representación del mundo que le rodea o envuelve.”

LUDOCRIATIVIDADE E OBJETOS

Objeto defini-se, como todo material que pode usado como mediador de aprendizagem entre sujeitos protagonistas do seu próprio aprendizado. Ao transforma-los fisicamente ou simbólicamente criando algo original, dando-lhe nova identidade. Assim o educando percebe que também pode modificar sua realidade.



Um papel que se rasga e torna-se uma flor, caixas dobram e tornam-se um caminhão, um velho plano nas mãos do protaginista criativo vira uma capa.
Essas alterações no plano concreto vem das projeções internas do sujeito, expressadas nas artes plásticas, música, cênica, jogos e na iniciação cultural, como um reflexo das transformações internas,
na relação Sujeito - Objeto - Sujeito.



Apenas uma reflexão sobre a complexa complexidade...

* Extraido do Trabalho de Fundamentos da Educação, disciplina do mestrado em Educação UDE.
“Não é a competição que tem a centralidade no universo, por mais importância que tenha, mas a cooperação. Não a afirmação do mais forte, mas a capacidade [...] de relacionar-se em todas as direções no jogo das interdependências. A Evolução não acontece para satisfazer às demandas de sobrevivência do mais forte. O processo é dinâmico , intrinsecamente criativo e inclusivo de todos. ” ( BOFF, 1998 p. 63)

NOVOS TEMPOS EXIGEM NOVAS FORMAS DE ENXERGAR A COMPLEXA REALIDADE.

“ La realidad es un discurso sobre lo que creemos
que es la realidad. Por lo tanto, podemos contentarnos
con intercambiar opiniones o interpretaciones.” ( Perez Lindo )

Para compreendermos a realidade atual e podermos projetar um futuro mais humano, é inevitável abrir mão do ultrapassado pensamento cartesiano – mecanicista , que consistia em reduzir os fenômenos, “[...] concebendo todas as realidades como meros mecanismos de relojoaria, em que bastaria conhecer o funcionamento de cada um para controlá-lo e direcioná-lo; e esse conhecimento se faria pela redução, conhecendo as partes para compreender o todo.” ( Morin , 2006 p. introdução ao pensam complexo)
Hoje é necessário uma nova abordagem, percepção e lógica para transitarmos pelo universo do conhecimento que é interligado e dinâmico. Atualmente, pensar sobre a educação implica expandir a visão de mundo e a concepção de desenvolvimento humano que ultrapasse a ordem sócio-política-econômica para considerar a dimensão ética, eco-global, filosófica, biológica, psico-pedagógica e espiritual.
O pensamento complexo e a teoria dos sistemas nos abre o caminho para compreendermos melhor a situação multidimensional da sociedade atual, em que a certeza absoluta é um mito e a realidade é criada e recriada ao longo do próprio percurso, porque sabe-se que é um deslize conceber a complexidade do conhecimento como um processo linear, cumulativo.
A noção de complexidade dificilmente pode ser conceitualizada. Por um lado, por que está emergindo e, por outro, por que não pode deixar de ser complexa. Todavia, já podemos reconhecer a complexidade biológica como noção fundamental de ordem organizacional e de caráter auto-organizacional. Ela caracteriza uma organização que combina entre si, de forma original, os princípios de incerteza da microfísica. (MORIN, 2001)
Conforme Morin (2001,2006), o olhar complexo sobre a realidade é aquele que vê evoluções e involuções, mutações ao acaso e acidentes, percebe e considera a ordem e a desordem como um processo inerente da evolução dos seres vivos. Para este autor, o número excessivamente grande de informações não significa necessariamente a melhor visão do fenômeno, ou seja, a informação deve ter significado e significância para o problema que se quer explicar. Selecionar as informações de forma complexa não significa segmentar o fenômeno, mas sim buscar somente as informações necessárias para entendê-lo.
O sistema educativo tradicional privilegia a separação ao invés de exercer a Re-ligação e interconexão dos saberes, no entanto a riqueza da humanidade é justamente sua diversidade, então conhecer é sempre rejuntar uma informação a seu contexto e ao conjunto que pertence - um todo organizado produz qualidades e propriedades que não existem nas parte isoladamente .
Para Zabala ( 2002), Morin ( 2000), Demo ( 2000), Gadotti ( 2004), a educação precisa ser percebida em sua complexidade o que oportuniza uma análise mais flexível dos diferentes tipos de conhecimentos possíveis ( o cotidiano, o científico e o escolar ) e de que maneira cada um assume seu papel no contexto geral. Dessa análise deriva a necessidade de nos acercarmos da realidade em sua complexidade, o que implica uma aproximação de um enfoque globalizador, onde as disciplinas não são as finalidades, mas os meios para compreender a realidade e intervir nela criativamente.
Concordando com Lindo (1989, p 76), “podemos hablar del surgimiento de um paradigma relacional interaccionista”, onde pensar significa construir uma arquitetura de idéias flexíveis , multifocais, contextualizada , de ação local e consciência global. Atualmente, o sistema educacional precisa colocar em prática seu discurso defendido a algum tempo onde o aluno é protagonista do saber; o educar tem que estar focado no contexto e nas condição culturais do educando, e o “ conhecimento, ao buscar construir-se com referência ao contexto, ao global e ao complexo, deve mobilizar o que o conhecedor sabe do mundo.”( MORIN ,2000 pg 39).
Michelle Mogami
Mestranda em Educação pela Universidad de La Empresa, Montevideo -Uruguai, 2009.

terça-feira, 24 de novembro de 2009

iniciação cultural: A lenda da origem da música

DEUSES DA MÚSICA INDÍGENA


No começo, nada existia sobre o mundo terrestre, que produzisse a doce melodia ou suave harmonia. Ninguém celebrava com alegres vozes os feitos mortais, ou tocava qualquer instrumento musical.
 
A melodiosa arte e a divina ciência na combinação de sons, era desconhecida, nenhum conjunto de orquestra havia sido organizado. Homem algum exercia a sacra arte da música e não compunha nem executavam peças musicais.

Um dia, o imortal Anhum, deus do canto e neto de Tupã, o Criador, desceu dos céus e veio passear no lendário Eldorado, as margens do rio Araguaia, em companhia da deusa Solfa, sua noiva e ao entardecer, o deus ficou muito triste, porque a vida dos homens era envolvida em um tenebroso silêncio.

O próprio deus Polo passava sem ruído e Tainacam vivia sem brilho. No alto do monte sagrado, as reuniões dos divinos eram realizadas em grande quietude e as canoras aves, pouco soltavam os seus límpidos gorjeios.
 
Então, Anhum, desejando manifestar os diversos afetos de sua alma à amada e divina Solfa, convocou no Ibiapaba os deuses, os semi-deuses, os homens e depois de muito discutirem, resolveram sob a orientação do deus melódico, erigir a Tupã, três altares de pedra e celebrar suave dança.

Feito isso, Anhum chamou a semi-deusa Araci, em primeiro lugar, e ela desenhou na madeira uma pauta composta de cinco linhas e quatro espaços, e além destas, outras linhas e outros espaços, pondo o nome nas primeiras, de naturais e nas segundas, de suplementares superiores e inferiores.
 
Em segundo lugar, convocou Vapuaçú deus dos sonhos amenos e das suaves ilusões, que crioo as sete claves, representadas por três interessantes figuras às quais deu os nomes de Sol, Fá e de Dó.
 
Em terceiro lugar, chamou Abeguar que rapidamente colocou sobre as linhas, sete pontos que foram chamados notas. Determinou que cada clave daria seu nome à nota que fosse assinada sobre a mesma linha e conseqüentemente, determinaria os nomes de todas as demais notas que estivesses na outras linhas e espaços. Finalmente o próprio Anhum deu nome às notas que subindo são: dó, ré, mi, fá, sol, lá, si.
E descendo são: si, lá, sol, fá, mi, ré dó.
Depois Manati formou a primeira Harmonia, aplaudido por todos.
Em seguida, o poderoso Guarací, executou o primeiro ritmo cadente e a primeira canção.

Tujubá, o poderoso mortal apresentou os primeiros acidentes, Sustenidos e Bemóis; formou as escalas; e criou os tons, os semi-tons e os intervalos. Solfã criou o primeiro cântico divino. Saci pintou as notas de preto e deu valor à cada uma.
Quando tudo estava concluído, Tupã ficou muito satisfeito e abençoou a música que tornou-se divina. 

Texto pesquisado e desenvolvido por
Rosane Volpatto
Bibliografia:
As Mais Belas Lendas Brasileiras - Wilson Pinto; Edições Excelsus; SC
 

Jornada de Ludocriatividade



Raimundo Dinello, professor desbravador da ludocriatividade, na jornada lúdica que ocorreu na Uniube de Uberaba, campos Aeroporto, dia 21/11, das 8:30h ás 18:30h.

Abaixo, imagens da animação pedagogica, que utilizou de recursos cênicos,
para expressar experiências de aprendizado.






 


EXPRESSÃO

Expressão; ação ou forma de se expressar.

Expressão; (1386) voz do latim expressio - exprimere, de: ex e premere (pressar) que dá lugar nas linguás vivas atuais á expressão (substantivo de expressar e de expressar-se). "Tirar fora sua melhor substância"

Expressar; é o fato de manifestar as emoções, os sentimentos, um parecer através do comportamento exterior.

Expressar-se; aptidão para manifestar vivamente o que se pensa ou o que se sente.

Expressar; é fazer sensivel ou comunicavel por sinais (dá linguagem, do pensamento, do comportamento, na arte, pelso gestos, ...) que dão um sentido - próprio ou figurado - a algo de si mesmo. Crescer desde dentro.

Expressar-se; é manisfestar uma sensibilidade, um fazerc onhecer; é por onde passa a firmação do ser; do contrário, seria utilizar sinais e a linguagem para repetir um sentido ou um conteudo ensinado (colocado em sinais pelo outro

Dinello, Raimundo.Expressão e Criatividade. pag 9.

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Declaração dos Direitos da Criança

Adotada pela Assembléia das Nações Unidas de 20 de novembro de 1959 e ratificada pelo Brasil.

 PREÂMBULO
  
VISTO que os povos da Nações Unidas, na Carta, reafirmaram sua fé nos direitos humanos fundamentais, na dignidade e no valor do ser humano, e resolveram promover o progresso social e melhores condições de vida dentro de uma liberdade mais ampla,
  
VISTO que as Nações Unidas, na Declaracão Universal dos Direitos Humanos, proclamaram que todo homem tem capacidade para gozar os direitos e as liberdades nela estabelecidos, sem distinção de qualquer espécie, seja de raça, cor, sexo, língua, religião, opinião política ou de outra natureza, origem nacional ou social, riqueza, nascimento ou qualquer outra condição,
  
VISTO que a criança, em decorrência de sua imaturidade física e mental, precisa de proteção e cuidados especiais, inclusive proteção legal apropriada, antes e depois do nascimento,
  
VISTO que a necessidade de tal proteção foi enunciada na Declaração dos Direitos da Criança em Genebra, de 1924, e reconhecida na Declaração Universal dos Direitos Humanos e nos estatutos das agências especializadas e organizações internacionais interessadas no bem-estar da criança,

 Visto que a humanidade deve à criança o melhor de seus esforços,

ASSIM, A ASSEMBLÉIA GERAL

PROCLAMA esta Declaração dos Direitos da Criança, visando que a criança tenha uma infância feliz e possa gozar, em seu próprio benefício e no da sociedade, os direitos e as liberdades aqui enunciados e apela a que os pais, os homens e as melhores em sua qualidade de indivíduos, e as organizações voluntárias, as autoridades locais e os Governos nacionais reconheçam este direitos e se empenhem pela sua observância mediante medidas legislativas e de outra natureza, progressivamente instituídas, de conformidade com os seguintes princípios:
   
PRINCÍPIO 1º
  
A criança gozará todos os direitos enunciados nesta Declaração. Todas as crianças, absolutamente sem qualquer exceção, serão credoras destes direitos, sem distinção ou discriminação por motivo de raça, cor, sexo, língua, religião, opinião política ou de outra natureza, origem nacional ou social, riqueza, nascimento ou qualquer outra condição, quer sua ou de sua família.
  
PRINCÍPIO 2º

 A criança gozará proteção social e ser-lhe-ão proporcionadas oportunidade e facilidades, por lei e por outros meios, a fim de lhe facultar o desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual e social, de forma sadia e normal, em condições de liberdade e dignidade. Na instituição das leis visando este objetivo levar-se-ão em conta sobretudo, os melhores interesses da criança. 

PRINCÍPIO 3º

 Desde o nascimento, toda criança terá direito a um nome e a uma nacionalidade.
  
PRINCÍPIO 4º

A criança gozará os benefícios da previdência social. Terá direito a crescer e criar-se com saúde; para isto, tanto à criança como à mãe, serão proporcionados cuidados e proteção especial, inclusive adequados cuidados pré e pós-natais. A criança terá direito a alimentação, recreação e assistência médica adequadas.


PRINCÍPIO 5º

À criança incapacitada física, mental ou socialmente serão proporcionados o tratamento, a educação e os cuidados especiais exigidos pela sua condição peculiar.
  
PRINCÍPIO 6º

Para o desenvolvimento completo e harmonioso de sua personalidade, a criança precisa de amor e compreensão. Criar-se-á, sempre que possível, aos cuidados e sob a responsabilidade dos pais e, em qualquer hipótese, num ambiente de afeto e de segurança moral e material, salvo circunstâncias excepcionais, a criança da tenra idade não será apartada da mãe. À sociedade e às autoridades públicas caberá a obrigação de propiciar cuidados especiais às crianças sem família e aquelas que carecem de meios adequados de subsistência. É desejável a prestação de ajuda oficial e de outra natureza em prol da manutenção dos filhos de famílias numerosas.



PRINCÍPIO 7º

A criança terá direito a receber educação, que será gratuita e compulsória pelo menos no grau primário.
 Ser-lhe-á propiciada uma educação capaz de promover a sua cultura geral e capacitá-la a, em condições de iguais oportunidades, desenvolver as suas aptidões, sua capacidade de emitir juízo e seu senso de responsabilidade moral e social, e a tornar-se um membro útil da sociedade.
Os melhores interesses da criança serão a diretriz a nortear os responsáveis pela sua educação e orientação; esta responsabilidade cabe, em primeiro lugar, aos pais.
 A criança terá ampla oportunidade para brincar e divertir-se, visando os propósitos mesmos da sua educação; a sociedade e as autoridades públicas empenhar-se-ão em promover o gozo deste direito.
  
PRINCÍPIO 8º

 A criança figurará, em quaisquer circunstâncias, entre os primeiros a receber proteção e socorro.
  

PRINCÍPIO 9º

A criança gozará proteção contra quaisquer formas de negligência, crueldade e exploração. Não será jamais objeto de tráfico, sob qualquer forma.
  
Não será permitido à criança empregar-se antes da idade mínima conveniente; de nenhuma forma será levada a ou ser-lhe-á permitido empenhar-se em qualquer ocupação ou emprego que lhe prejudique a saúde ou a educação ou que interfira em seu desenvolvimento físico, mental ou moral.
  

PRINCÍPIO 10º

 A criança gozará proteção contra atos que possam suscitar discriminação racial, religiosa ou de qualquer outra natureza. Criar-se-á num ambiente de compreensão, de tolerância, de amizade entre os povos, de paz e de fraternidade universal e em plena consciência que seu esforço e aptidão devem ser postos a serviço de seus semelhantes.

“[…] la Pedagogía de la Expresión, una pedagogia contextual que se sustenta en tres pilares: el impulso lúdico, la expresión creativa y la identidad sociocultural . Esto implica un nuevo planteo epistémico, donde el conocimiento se construye a partir de las realidades socioculturales regionales.[…] La metodología es el vehículo por el cual el docente pone en evidencia su intencionalidad y su ideología pedagógica. La metodología es lo que define al docente en su profesionalidad Por eso la metodología debe ser coherente con la pedagogía que dice sustentar.” ( Raimundo Dinello)